Hoje
zanguei-me com o meu espelho!
Estive mesmo prestes a telefonar para os serviços camarários para o virem buscar à minha porta.
Isto, porque decidi ir a uma dessas lojas de fotografias rápidas, tipo passe,por ocasião da renovação de um documento oficial de identificação.
Depois de alguns minutos de espera, foi-me entregue, pela empregada, com um lindo sorriso, um envelope.
Assim que paguei o trabalho, abri-o de imediato.: e, eis que susto – que tremenda desilusão: nem podia crer!
Então não é que estava perante um rosto flácido, mal encarado, enrugado e decadente? Estavam alí os meus anos todos e, ainda, mais alguns.
Senti-me enganado, sobretudo traído pelo meu espelho, - porquê esta traição?
Porquê tanto engano?
Comecei a pensar nisto, enquanto regressava a casa, para dar cumprimento à minha decisão, - descartar-me dele!
Porém, dei comigo, mais uma vez, a ver a imagem que ele me devolvia para conferir com a fotografia, aquela miserável fotografia que tinha ,ali ,na minha mão.
Então um filme começou a passar na minha cabeça – aqueles dias em que estava completamente no charco e, olhando para ele, devolvia-me imagens de um rosto decidido, confiante, fazendo-me apelos à minha auto-estima, à coragem, transmitindo-me a ideia que nem tudo estava perdido – que valia a pena prosseguir com dignidade e boa aparencia, que valia a pena ter amigos e amigas, - fazendo-me sentir que este era o meu caminho certo. Também, quando, em certos momentos, apagava as imagens daqueles momentos menos bons da vida, aquele lado oculto que todos temos e que não gostamos, que nos achamos feios, terrivelmente feios – dando-me a esperança do meu próprio perdão, da minha paz interior. Então, pensei em frente do meu espelho: porque deitá-lo fora se, ele, me devolveu a auto estima e até me fazia sonhar e cantar como o poeta ...
”que o sonho comanda a vida e sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança”
Estive mesmo prestes a telefonar para os serviços camarários para o virem buscar à minha porta.
Isto, porque decidi ir a uma dessas lojas de fotografias rápidas, tipo passe,por ocasião da renovação de um documento oficial de identificação.
Depois de alguns minutos de espera, foi-me entregue, pela empregada, com um lindo sorriso, um envelope.
Assim que paguei o trabalho, abri-o de imediato.: e, eis que susto – que tremenda desilusão: nem podia crer!
Então não é que estava perante um rosto flácido, mal encarado, enrugado e decadente? Estavam alí os meus anos todos e, ainda, mais alguns.
Senti-me enganado, sobretudo traído pelo meu espelho, - porquê esta traição?
Porquê tanto engano?
Comecei a pensar nisto, enquanto regressava a casa, para dar cumprimento à minha decisão, - descartar-me dele!
Porém, dei comigo, mais uma vez, a ver a imagem que ele me devolvia para conferir com a fotografia, aquela miserável fotografia que tinha ,ali ,na minha mão.
Então um filme começou a passar na minha cabeça – aqueles dias em que estava completamente no charco e, olhando para ele, devolvia-me imagens de um rosto decidido, confiante, fazendo-me apelos à minha auto-estima, à coragem, transmitindo-me a ideia que nem tudo estava perdido – que valia a pena prosseguir com dignidade e boa aparencia, que valia a pena ter amigos e amigas, - fazendo-me sentir que este era o meu caminho certo. Também, quando, em certos momentos, apagava as imagens daqueles momentos menos bons da vida, aquele lado oculto que todos temos e que não gostamos, que nos achamos feios, terrivelmente feios – dando-me a esperança do meu próprio perdão, da minha paz interior. Então, pensei em frente do meu espelho: porque deitá-lo fora se, ele, me devolveu a auto estima e até me fazia sonhar e cantar como o poeta ...
”que o sonho comanda a vida e sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança”
QUE SE LIXE A FOTOGRAFIA !
Setembro 2011